CTT encerram 22 lojas
Vai do norte ao sul, passando pelas ilhas: os CTT vão encerrar 22 lojas com "pouca procura", noticia o jornal digital ECO e que já foi confirmada pela administração da empresa dos Correios.
Segundo a publicação, a empresa fez chegar à Comissão de Trabalhadores um pedido de parecer sobre o encerramento destas lojas quase todas no litoral e ilhas.
- Açores
Calheta (Ponta Delgada - Aveiro
Barrosinhas (Águeda), Paços Brandão (Santa Maria da Feira) e Universidade (Aveiro) - Braga
Riba D'Ave (Vila Nova de Famalicão) - Faro
Avenida (Loulé) - Lisboa
Camarate (Loures), Filipa de Lencastre (Lisboa), Junqueira (Lisboa), Olaias (Lisboa), Socorro (Lisboa) - Madeira
Arco da Calheta (Madeira) - Porto
Areosa (Porto), Asprelas (Porto), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Termas de S. Vicente (Penafiel) - Santarém
Alferrarede (Abrantes), Alpiarça (Santarém) - Setúbal
Aldeia de Paio Pires (Seixal), Lavradio (Barreiro) - Vila Real
Araucária (Vila Real)
Decisão é de "alguém louco", diz autarca de Vila Real
Rui Santos, presidente do município de Vila Real, reagiu em entrevista à SIC. A decisão de encerramento do balcão da Araucária "é uma proposta de alguém que não conhece o terreno" e que está "a passar por uma perturbação mental". É "de alguém louco", diz. O autarca refere que a concentração de todos os serviços na estação de correios da avenida Carvalho de Araújo provocará "o caos". "Já é muito complicado ir lá e e ter um serviço de qualidade", reforça o autarca.
Por seu turno, Pedro Silva, administrador dos CTT, garante que a qualidade do serviço não será afetada e que os trabalhadores serão úteis nas lojas de maior afluência. Em declarações à SIC, o administrador garantiu que a decisão de encerramento teve que ver apenas com "critérios relacionados com a procura dos clientes". "O tema não é de custos”, ressalvou o gestor na mesma entrevista. “Nem sequer as contas são feitas nessa dimensão”, referindo que o objetivo é a qualidade do serviço prestado.
A transferência dos 50 funcionários afetados está garantida. Vítor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, referiu, em entrevista à SIC, que é a única coisa que "pode legalmente" acontecer mas o sindicalista acredita que estará em marcha a possibilidade de mais encerramentos de lojas para que a empresa se concentre na área da banca.
Denominada pela empresa como "otimização da cobertura da rede", o plano de reestruturação da empresa, enviado pela empresa à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no passado dia 19 de dezembro, previa a "conversão de lojas em postos de correio ou fecho de lojas com pouca procura por parte dos clientes. Ao todo, os CTT têm 613 lojas próprias numa rede que tem mais de quatro mil pontos de contacto.